Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história nao esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhoes de mulatas
Rubras cascatas
jorravam das costas dos santos
Entre cantos e chibatas
Inundando o coracao do pessoal do porao
Que a exemplo do feiticeiro gritava entao:
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à chaca, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Nao esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais |